Reciclagem de têxteis em Gaia.

Ora aqui está uma notícia que me deixa bastante satisfeita. Esta, retirada do publico on line, cria expectativas de que Portugal desta vez, pode não ficar para trás no que toca a políticas inovadoras na área da Reciclagem.
Parabéns Câmara de Gaia.
Espero que esta iniciativa se multiplique pelo país fora.

Empresa espanhola quer alargar actividade em Portugal
Gaia vai começar a recolher roupa e calçado usados para reciclar
13.05.2008 - 14h31 Lusa

Sessenta contentores para recolha de roupa e calçado usados serão instalados no concelho de Gaia para posterior reciclagem ou reutilização, no âmbito de um protocolo assinado hoje entre a Câmara e a empresa espanhola Texlimca que pretende alargar esta actividade em Portugal.A Câmara de Gaia pretende minimizar a quantidade destes resíduos enviados para o aterro e promover a sustentabilidade do concelho. Com este serviço de recolha selectiva de têxteis, a Câmara pode "poupar recursos e sensibilizar a população para a importância de reutilizar e/ou reciclar os seus resíduos através da entrega dos mesmos a operadores que os encaminham para um destino final adequado, transformando-os em matéria-prima para a produção de novos produtos", explicou o vereador do Ambiente da Câmara, Mário Fontemanha. Este protocolo não acarreta quaisquer custos ou encargos financeiros para a autarquia. Os contentores serão esvaziados duas vezes por semana.
O vereador aproveitou a ocasião para anunciar que, em Setembro, pretende dar início à recolha selectiva de óleos usados.

Empresa quer alargar recolha a outras cidades portuguesas
"Temos a intenção de chegar a acordo com grandes cidades, como o Porto, Matosinhos e Maia", afirmou o director da empresa, Pedro Oliver, que esta manhã assinou o protocolo de colaboração com a Câmara de Gaia. Segundo Pedro Oliver, é desejo da empresa colaborar com outros municípios portugueses para que, no futuro, haja a percepção de que é "imprescindível recuperar e reciclar têxteis".
A empresa espanhola, que em Portugal adopta o nome de Wippytex, recolhe cerca de duas mil toneladas de roupa e calçado usados por ano, sendo que aproveita "mais de 90 por cento" do material depositado nos contentores de ferro, cuja abertura é de difícil acesso para evitar roubos ou actos de vandalismo, disse Pedro Oliver. O material que dá entrada na empresa é classificado. "A empresa vende roupa que se encontra ainda em bom estado para outros países do mundo, mas também a reaproveita, como gangas, que dão sempre para vender para a confecção de outros artigos", explicou o responsável. Outras peças têm apenas um fim: a reciclagem, designadamente trapos de limpeza. Pedro Oliver lamentou que ainda não exista um Sistema Integrado de Gestão de resíduos têxteis, à semelhança do que existe para outros produtos como o vidro, o plástico e o cartão. Segundo Pedro Oliver, em Espanha, onde foi criada há cerca de 60 anos, a empresa tem "mais de 400 contentores de recolha de roupa e calçado usados na rua, espalhados por mais de 60 cidades".